Água na Oca
curadoria | curatorship Marcelo Dantas
apoio: Cinemalink
SUBSOLO A ÁGUA E A IMAGINÁRIO
Obras de Artistas Visuais de Todo o Mundo sobre a Plasticidade da Agua Artistas:
Thomas Demand, William Pye, Laura Vinci, Marcia Xavier, Raquel Kogan, Sonia Guggisberg, Rejane Cantoni, Agnes Meyer BrandisChristine de La Garenne, Gianfranco Foschino, Laura Glusman e as duplas Schoenfeld e Sewandono e Gisella Motta e Leandro Lima.
Sexta-feira, 8 de outubro de 2010
http://www.docol.com.br/planetaagua/h2o/agua-na-oca-o-desaguar/
The (I)Mobility project
Sonia Guggisberg, by choosing water as material and movement as subject to a deepened discussion has begun a new working series, the (I)Mobility project. She reached it with photos and videos, migrating then to video installation. In her own words: “Through projections, I could trespass ground surface, generating virtual holes”. The artist points indirectly to the destruction of human potentiality by contemporaneous life confinement, individual life restraining, loneliness and emotional isolation.
(I)Mobility provokes a visible emotional pressure state by the opposition between moving and not moving around. Maybe is an attempt of pointing fluidity as a metaphor to modern times. Different from solid, liquid is not easily contained.
This project consists of a series of works and it is presented with the purpose of showing the opposite of the silent, introspective, meditative atmosphere evoked by water. Water is here the metaphor of it’s contrary. The continuous flow deals with the contemporary illusion of constant mobility. The swimmers have their movements restrained by confinement, with no way out. They swim to exhaustion and get nowhere. They swim against the stream or get bound and confined.
The purpose is to ponder over one’s immobility facing the policies of excess of contemporary world. The excess of information that whereas puts us in constant movement, paralyses us by not allowing careful, critical and conscious consideration.
Projeto (I)Mobilidade
Sonia Guggisberg ao escolher como material a água e como assunto o movimento para uma discussão mais aprofundada, deu início a uma nova série, o projeto (I)Mobilidade. Com isso ela chegou às fotografias e vídeos migrando para a videoinstalação. Em suas próprias palavras: “através das projeções, pude atravessar a superfície do chão gerando buracos virtuais”. Indiretamente a artista aponta para o confinamento da vida contemporânea, para a limitação das liberdades individuais, para a solidão, para o isolamento emocional destruindo as potencialidades humanas.
(I)Mobilidade provoca um visível estado de pressão emocional, pela oposição entre deslocar-se ou não deslocar-se. Talvez seja uma tentativa de apontar a fluidez como metáfora para os tempos atuais. Diferente dos sólidos, os líquidos não são contidos com facilidade.
Este projeto reúne uma série de trabalhos e é apresentado com o objetivo de mostrar o oposto da atmosfera silenciosa, introspectiva e meditativa evocada pela água. A água é aqui a metáfora do contrário. O fluxo contínuo lida com a ilusão contemporânea de mobilidade constante. Os nadadores têm seus movimentos contidos pelo confinamento, sem saída. Eles nadam até a exaustão e não chegam a lugar nenhum. Eles nadam contra o rio ou são amarrados e confinados.
O objetivo é refletir sobre a imobilidade de alguém frente às políticas de excesso do mundo contemporâneo. O excesso de informação que, ao passo que nos coloca em constante movimento, nos paralisa por não permitir uma consideração cuidadosa, crítica e consciente.
Holes
The swimmer's movements are restrained by confinement, in a deadlock. She swims exhaustively without making any progress; she swims relentlessly and yet does not get anywhere. She does not despair; she simply continues to look for a way out, insistently.
In the installation “Buracos” [Holes], five video footages are projected onto the floor, forming circles that simulate holes. The footages shot inside a swimming pool, captured images of the swimmer swimming just below the water surface. She swims up from the pool bottom towards the surface but cannot find a way out, so she dives again and reappears shortly after in another "hole". The swimmer continues to appear alternately in the "holes" as if she were looking for a way out. However she is held back in a deadlock. The installation shows this scene repeated incessantly in a compulsive, alternate and random manner. The videos simulate opening holes in the ground and reproduces an underwater images showing a human aquarium.
Buracos
Os movimentos da nadadora são contidos pelo confinamento, em um impasse. Ela nada exaustivamente sem fazer nenhum progresso; ela nada implacavelmente e ainda não chega a lugar nenhum. Ela não se desespera; ela simplesmente continua procurando uma saída, insistentemente.
Na instalação “Buracos”, cinco vídeos são projetados no chão, formando círculos que simulam buracos. As filmagens feitas dentro de uma piscina captavam imagens da nadadora nadando logo abaixo da superfície da água. Ela nada do fundo da piscina em direção à superfície, mas não consegue encontrar uma saída, então ela mergulha novamente e reaparece logo depois em outro "buraco". A nadadora continua a aparecer alternadamente nos "buracos" como se estivesse procurando uma saída. No entanto ela é retida em um impasse. A instalação mostra essa cena repetida incessantemente de maneira compulsiva, alternativa e aleatória. Os vídeos simulam buracos se abrindo no chão e as imagens subaquáticas mostram um aquário humano.
The (I)Mobility project
Sonia Guggisberg, by choosing water as material and movement as subject to a deepened discussion has begun a new working series, the (I)Mobility project. She reached it with photos and videos, migrating then to video installation. In her own words: “Through projections, I could trespass ground surface, generating virtual holes”. The artist points indirectly to the destruction of human potentiality by contemporaneous life confinement, individual life restraining, loneliness and emotional isolation.
(I)Mobility provokes a visible emotional pressure state by the opposition between moving and not moving around. Maybe is an attempt of pointing fluidity as a metaphor to modern times. Different from solid, liquid is not easily contained.
This project consists of a series of works and it is presented with the purpose of showing the opposite of the silent, introspective, meditative atmosphere evoked by water. Water is here the metaphor of it’s contrary. The continuous flow deals with the contemporary illusion of constant mobility. The swimmers have their movements restrained by confinement, with no way out. They swim to exhaustion and get nowhere. They swim against the stream or get bound and confined.
The purpose is to ponder over one’s immobility facing the policies of excess of contemporary world. The excess of information that whereas puts us in constant movement, paralyses us by not allowing careful, critical and conscious consideration.
Holes
The swimmer's movements are restrained by confinement, in a deadlock. She swims exhaustively without making any progress; she swims relentlessly and yet does not get anywhere. She does not despair; she simply continues to look for a way out, insistently.
In the installation “Buracos” [Holes], five video footages are projected onto the floor, forming circles that simulate holes. The footages shot inside a swimming pool, captured images of the swimmer swimming just below the water surface. She swims up from the pool bottom towards the surface but cannot find a way out, so she dives again and reappears shortly after in another "hole". The swimmer continues to appear alternately in the "holes" as if she were looking for a way out. However she is held back in a deadlock. The installation shows this scene repeated incessantly in a compulsive, alternate and random manner. The videos simulate opening holes in the ground and reproduces an underwater images showing a human aquarium.
Projeto (I)Mobilidade
Sonia Guggisberg ao escolher como material a água e como assunto o movimento para uma discussão mais aprofundada, deu início a uma nova série, o projeto (I)Mobilidade. Com isso ela chegou às fotografias e vídeos migrando para a videoinstalação. Em suas próprias palavras: “através das projeções, pude atravessar a superfície do chão gerando buracos virtuais”. Indiretamente a artista aponta para o confinamento da vida contemporânea, para a limitação das liberdades individuais, para a solidão, para o isolamento emocional destruindo as potencialidades humanas.
(I)Mobilidade provoca um visível estado de pressão emocional, pela oposição entre deslocar-se ou não deslocar-se. Talvez seja uma tentativa de apontar a fluidez como metáfora para os tempos atuais. Diferente dos sólidos, os líquidos não são contidos com facilidade.
Este projeto reúne uma série de trabalhos e é apresentado com o objetivo de mostrar o oposto da atmosfera silenciosa, introspectiva e meditativa evocada pela água. A água é aqui a metáfora do contrário. O fluxo contínuo lida com a ilusão contemporânea de mobilidade constante. Os nadadores têm seus movimentos contidos pelo confinamento, sem saída. Eles nadam até a exaustão e não chegam a lugar nenhum. Eles nadam contra o rio ou são amarrados e confinados.
O objetivo é refletir sobre a imobilidade de alguém frente às políticas de excesso do mundo contemporâneo. O excesso de informação que, ao passo que nos coloca em constante movimento, nos paralisa por não permitir uma consideração cuidadosa, crítica e consciente.
Buracos
Os movimentos da nadadora são contidos pelo confinamento, em um impasse. Ela nada exaustivamente sem fazer nenhum progresso; ela nada implacavelmente e ainda não chega a lugar nenhum. Ela não se desespera; ela simplesmente continua procurando uma saída, insistentemente.
Na instalação “Buracos”, cinco vídeos são projetados no chão, formando círculos que simulam buracos. As filmagens feitas dentro de uma piscina captavam imagens da nadadora nadando logo abaixo da superfície da água. Ela nada do fundo da piscina em direção à superfície, mas não consegue encontrar uma saída, então ela mergulha novamente e reaparece logo depois em outro "buraco". A nadadora continua a aparecer alternadamente nos "buracos" como se estivesse procurando uma saída. No entanto ela é retida em um impasse. A instalação mostra essa cena repetida incessantemente de maneira compulsiva, alternativa e aleatória. Os vídeos simulam buracos se abrindo no chão e as imagens subaquáticas mostram um aquário humano.