Silêncio_2022 | Silence_2022

exhibitions | exposições

Exposição SILÊNCIO, curadoria Ana Avelar.
Centro MariAntonia da USP. São Paulo SP.
21 de outubro de 2022 á 26 de fevereiro de 2023

Mesa: SEM ROSTO
Conversa na exposição “Silêncio” com Ana Carolina de Moura Delfim Maciel ( Unicamp e ACHNUR) e Ana Gonçalvez Magalhães ( Diretora do MACUSP)

Mesa: Identidades Negociadas
Conversa na exposição “Silêncio” com a as curadoras Ana Avelar e Christine Greiner

Exposição SILÊNCIO, curadoria Ana Avelar.
Centro MariAntonia da USP. São Paulo SP.
21 de outubro de 2022 á 26 de fevereiro de 2023

Mesa: SEM ROSTO
Conversa na exposição “Silêncio” com Ana Carolina de Moura Delfim Maciel ( Unicamp e ACHNUR) e Ana Gonçalvez Magalhães ( Diretora do MACUSP)

Mesa: Identidades Negociadas
Conversa na exposição “Silêncio” com a as curadoras Ana Avelar e Christine Greiner

In this exhibition, the reference to documentary culture is evident. As Michael Renov recalls, the documentary tradition has repressed the emphasis on the subjectivity of the filmmaker in favor of what happens on the other side of the lens. However, although the documentary aspect of Sonia Guggisberg's work speaks to us of a distant world, it is informed by her personal experiences, her cultural and gender identity, her political and aesthetic commitments. In the words of theorist Arlindo Machado, "what is captured by the camera is not the world, but a certain construction of the world".

However, Guggisberg's work is not only made of the documentary, but also of the immersive. According to media theorist Oliver Grau, immersion is characterized "by decreasing the critical distance of what is shown and increasing emotional involvement with what is happening". The artist produces installations that become more complex, which seem to be documentary commitments, and placed before us to be experienced by the senses – I see the endless sea through the hatch, my body encounters the camp on a human scale, I hear foreign languages in prayer.

The fundamental common thread of Guggisberg's work is water as a vehicle, thematically and symbolically running through most of her works. Its fluid properties serve as a metaphor for impermanence, lack of structure and stability. The fabrics accompany it, producing volatile and inconstant shadows and the fragility of the tents revealing their transience. In these installations, everything is temporary, provisional - as in the situation of refuge, in which one experiences a suspension of belonging. We feel the wait in the ripple. We silence.
Ana Avelar.

Nesta exposição, a referência à cultura documental é evidente. Como lembra Michael Renov, a tradição do documentário reprimiu a ênfase na subjetividade do cineasta em favor do que acontece do outro lado da lente. No entanto, embora o aspecto documental da obra de Sonia Guggisberg nos fale de um mundo distante, ele é informado por suas experiências pessoais, sua identidade cultural e de gênero, seus compromissos políticos e estéticos. Nas palavras do teórico Arlindo Machado, “o que é captado pela câmera não é o mundo, mas uma certa construção do mundo”.

Porém, a obra de Guggisberg não é feita apenas do documentário, mas também do imersivo. Segundo o teórico da mídia Oliver Grau, a imersão é caracterizada "por diminuir a distância crítica do que é mostrado e aumentar o envolvimento emocional com o que está acontecendo". O artista produz instalações que se tornam mais complexas, que parecem compromissos documentais, e colocadas diante de nós para serem experimentadas pelos sentidos – vejo o mar sem fim pela escotilha, meu corpo encontra o acampamento em escala humana, ouço línguas estrangeiras em oração.

O fio comum fundamental do trabalho de Guggisberg é a água como veículo, temática e simbolicamente presente na maioria de suas obras. Suas propriedades fluidas servem como metáfora da impermanência, falta de estrutura e estabilidade. Os tecidos acompanham-na, produzindo sombras voláteis e inconstantes e a fragilidade das tendas revelando a sua transitoriedade. Nessas instalações, tudo é temporário, provisório – como na situação de refúgio, em que se experimenta uma suspensão do pertencimento. Sentimos a espera na ondulação. Nós silenciamos.
Ana Avelar.

NO FACE table: Screening of the film "No Face" and debate with guests Ana Magalhães, director of the Museum of Contemporary Art (MAC-USP), Ana Carolina de Moura Delfim Maciel, professor at the State University of Campinas (Unicamp) and representative of United Nations High Commissioner for UN Refugees (UNHCR), mediated by the curator of the exhibition, Ana Avelar and the director, Sonia Guggisberg.

Negotiated Identities: Conversation at the exhibition "Silêncio" with artist Sonia Guggisberg, curator Ana Avelar and Christine Greiner, associate professor at the Department of Body Languages ​​at PUC-SP. The guests received the public for a conversation in the exhibition room with the theme "Negotiated Identities".

Mesa SEM ROSTO: Exibição do filme "Sem Rosto" e debate com as convidadas Ana Magalhães, diretora do Museu de Arte Contemporânea (MAC-USP), Ana Carolina de Moura Delfim Maciel, professora da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e representante do Alto-Comissariado das Nações Unidas para Refugiados da ONU (ACNUR), mediado pela curadora da exposição, Ana Avelar e com a diretora, Sonia Guggisberg.

Identidades Negociadas: Conversa na exposição "Silêncio" com a artista Sonia Guggisberg, a curadora Ana Avelar e Christine Greiner, professora livre-docente do Departamento de Linguagens do Corpo na PUC-SP. As convidadas receberam o público para uma conversa na sala da exposição com o tema "Indentidades negociadas".

In this exhibition, the reference to documentary culture is evident. As Michael Renov recalls, the documentary tradition has repressed the emphasis on the subjectivity of the filmmaker in favor of what happens on the other side of the lens. However, although the documentary aspect of Sonia Guggisberg's work speaks to us of a distant world, it is informed by her personal experiences, her cultural and gender identity, her political and aesthetic commitments. In the words of theorist Arlindo Machado, "what is captured by the camera is not the world, but a certain construction of the world".

However, Guggisberg's work is not only made of the documentary, but also of the immersive. According to media theorist Oliver Grau, immersion is characterized "by decreasing the critical distance of what is shown and increasing emotional involvement with what is happening". The artist produces installations that become more complex, which seem to be documentary commitments, and placed before us to be experienced by the senses – I see the endless sea through the hatch, my body encounters the camp on a human scale, I hear foreign languages in prayer.

The fundamental common thread of Guggisberg's work is water as a vehicle, thematically and symbolically running through most of her works. Its fluid properties serve as a metaphor for impermanence, lack of structure and stability. The fabrics accompany it, producing volatile and inconstant shadows and the fragility of the tents revealing their transience. In these installations, everything is temporary, provisional - as in the situation of refuge, in which one experiences a suspension of belonging. We feel the wait in the ripple. We silence.
Ana Avelar.

NO FACE table: Screening of the film "No Face" and debate with guests Ana Magalhães, director of the Museum of Contemporary Art (MAC-USP), Ana Carolina de Moura Delfim Maciel, professor at the State University of Campinas (Unicamp) and representative of United Nations High Commissioner for UN Refugees (UNHCR), mediated by the curator of the exhibition, Ana Avelar and the director, Sonia Guggisberg.

Negotiated Identities: Conversation at the exhibition "Silêncio" with artist Sonia Guggisberg, curator Ana Avelar and Christine Greiner, associate professor at the Department of Body Languages ​​at PUC-SP. The guests received the public for a conversation in the exhibition room with the theme "Negotiated Identities".

Nesta exposição, a referência à cultura documental é evidente. Como lembra Michael Renov, a tradição do documentário reprimiu a ênfase na subjetividade do cineasta em favor do que acontece do outro lado da lente. No entanto, embora o aspecto documental da obra de Sonia Guggisberg nos fale de um mundo distante, ele é informado por suas experiências pessoais, sua identidade cultural e de gênero, seus compromissos políticos e estéticos. Nas palavras do teórico Arlindo Machado, “o que é captado pela câmera não é o mundo, mas uma certa construção do mundo”.

Porém, a obra de Guggisberg não é feita apenas do documentário, mas também do imersivo. Segundo o teórico da mídia Oliver Grau, a imersão é caracterizada "por diminuir a distância crítica do que é mostrado e aumentar o envolvimento emocional com o que está acontecendo". O artista produz instalações que se tornam mais complexas, que parecem compromissos documentais, e colocadas diante de nós para serem experimentadas pelos sentidos – vejo o mar sem fim pela escotilha, meu corpo encontra o acampamento em escala humana, ouço línguas estrangeiras em oração.

O fio comum fundamental do trabalho de Guggisberg é a água como veículo, temática e simbolicamente presente na maioria de suas obras. Suas propriedades fluidas servem como metáfora da impermanência, falta de estrutura e estabilidade. Os tecidos acompanham-na, produzindo sombras voláteis e inconstantes e a fragilidade das tendas revelando a sua transitoriedade. Nessas instalações, tudo é temporário, provisório – como na situação de refúgio, em que se experimenta uma suspensão do pertencimento. Sentimos a espera na ondulação. Nós silenciamos.
Ana Avelar.

Mesa SEM ROSTO: Exibição do filme "Sem Rosto" e debate com as convidadas Ana Magalhães, diretora do Museu de Arte Contemporânea (MAC-USP), Ana Carolina de Moura Delfim Maciel, professora da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e representante do Alto-Comissariado das Nações Unidas para Refugiados da ONU (ACNUR), mediado pela curadora da exposição, Ana Avelar e com a diretora, Sonia Guggisberg.

Identidades Negociadas: Conversa na exposição "Silêncio" com a artista Sonia Guggisberg, a curadora Ana Avelar e Christine Greiner, professora livre-docente do Departamento de Linguagens do Corpo na PUC-SP. As convidadas receberam o público para uma conversa na sala da exposição com o tema "Indentidades negociadas".