Passageirxs_2021 | Passengers_2021

exhibitions | exposições

Realização e Curadoria SESC: Programação de Artes Visuais e Tecnologia.

INSTALAÇÃO _ Sonia Guggisberg

Passageirxs (na extensão dos vidros da fachada)
Visitação de 21/09/2021 a 20/03/2022
Onde: Sesc Jundiaí

Realização e Curadoria SESC: Programação de Artes Visuais e Tecnologia.

INSTALAÇÃO _ Sonia Guggisberg

Passageirxs (na extensão dos vidros da fachada)
Visitação de 21/09/2021 a 20/03/2022
Onde: Sesc Jundiaí

Art is a powerful expression form between human beings and the inhabited space they live. It is capable of reinventing and multiplying itself constantly enhancing senses when associated with meaningful charged actions and purposes. It would be impossible not mentioning enclosure in pandemic times because living behind the network computer screens maybe we have become shadows of real life.

Simultaneously exhibited on Sesc Jundiaí Unit, as well as the huge panel Passageirxs (Passengers), the RE_educação (Re – education) video installation presents a reflexion about the enclosure, reclusion, and introspection moment we live. Pandemic has enclosed millions of people and follow its path leaving trails behind.

Passageirxs_2021

“I started thinking in glass facades as decomposed films since I like the way I imagine film compounding elements and moving image layers, light´s layers, transparency and shadows, moves and colours overlapping, beyond sound depictions and its metaphors. Thinking about layers makes me wonder in the overlapping density presenting not only in real form but mainly in a conceptual form as well.

The hard and corrosive long wait sends Passageirxs to research that I’ve been realizing last 5 years in Refugee camps. I’m just saying that because as people in refugee situation, shadows have no identity, they are drained from its history, culture, financial standing or even political and religious aspects. They are leftovers or maybe just passing memories.

A arte é uma potente forma de expressão entre os seres humanos e o espaço em que habitam, capaz de reinventar-se e multiplicar-se constantemente potencializando sentidos quando associada a propósitos e ações carregadas de significados. Seria impossível não falar de clausura em tempos de Pandemia pois atrás das telas dos computadores em rede, talvez tenhamos nos tornado sombras da vida real, do cotidianos possível em espaços fechados.

Mostrados simultaneamente no Sesc Jundiaí, tanto o enorme painel Passageirxs como a instalação em vídeo RE_educação apresentam uma reflexão sobre o momento em que vivemos de clausura, reclusão e introspecção. A Pandemia enclausurou milhões de pessoas e em silêncio segue seu rumo deixando seus rastros.

Passageirxs_2021

A Instalação, site specifc, Passageirxs apresenta um enorme mosaico de imagens e transforma o espaço do SESC Jundiaí em um grande aquário de sombras.

As imagens foram pensadas a partir das sombras fotografadas atrás das transparências de meus próprios trabalhos. No painel as sombras humanas realizam ações do cotidiano no interior de locais gerando um storyboard sem história, ao fundo, as imagens azuladas remetem ao ambiente aquático que perseguem minha vida e minha carreira desde sempre pois, entre os conceitos de clausura e as travessias marítimas, muitas obras se realizaram.

Passageirxs shows among shadows and waters reclusive people ordinary life, realizing daily tasks as if being passengers from their own life. Water element that often is associated as a relaxing situation, presents here a paradox since it can be hostile to life as well.

This artwork crafting made me understand SESC JundiaÍ space architecture, sited between local community, seen on panel’s left side and Botanical Garden on the other. This scenario reflects an important Brazilian reality: A society living between scarce money life and nature’s abundancy.

Refugees of our own lives, we stay closed waiting a more than uncertain future, yet panel images croppings and transparencies allow us to see Botanical Garden’s nature through the artwork and human shadows as life methaphor” says Sonia Guggisberg.

Comecei a pensar as fachadas de vidro como se fossem filmes decompostos pois gosto de pensar os elementos que compõem os filmes e as camadas de imagens em movimento, as camadas de luz, de transparências e sombras, de movimentos e sobreposições, de cor, de representações e suas metáforas além do som. Pensar em camadas me faz pensar na densidade que a sobreposição apresenta não somente de forma real mas principalmente de forma conceitual.

A longa espera, difícil e corrosiva remete Passageirxs á uma pesquisa que realizei nos últimos de 5 anos em campos de refúgio. Digo isto pois, assim como as pessoas em situação de refúgio, as sombras não tem identidades, estão esvaziadas de sua história, de sua cultura, de sua condição financeira ou mesmo política e religiosa, são o resto ou talvez somente memórias de passagem.

Entre sombras e águas, Passageirxs mostra o cotidiano de pessoas reclusas, realizando tarefas diárias, como se fossem passageiros de suas próprias vidas. A água, que muitas vezes é associada ao local de relaxamento, apresenta um paradoxo uma vez que pode ser hostil á vida também.

A construção da obra me fez entender arquitetura do espaço do SESC Jundiaí, localizado entre a comunidade local que se vê do lado esquerdo do painel e o Jardim Botânico que se vê do outro. Este cenário reflete uma importante realidade brasileira: uma sociedade que vive entre a vida economicamente escassa e a fartura da natureza.
Refugiados de nossas próprias vidas, ficamos todos fechados á espera de um futuro mais que incerto porém os recortes e transparências das imagens no painel permitem ora olhar para a natureza do Jardim Botânico em frente a obra e olharmos as sombras humanas como metáfora de vida.

Art is a powerful expression form between human beings and the inhabited space they live. It is capable of reinventing and multiplying itself constantly enhancing senses when associated with meaningful charged actions and purposes. It would be impossible not mentioning enclosure in pandemic times because living behind the network computer screens maybe we have become shadows of real life.

Simultaneously exhibited on Sesc Jundiaí Unit, as well as the huge panel Passageirxs (Passengers), the RE_educação (Re – education) video installation presents a reflexion about the enclosure, reclusion, and introspection moment we live. Pandemic has enclosed millions of people and follow its path leaving trails behind.

Passageirxs_2021

“I started thinking in glass facades as decomposed films since I like the way I imagine film compounding elements and moving image layers, light´s layers, transparency and shadows, moves and colours overlapping, beyond sound depictions and its metaphors. Thinking about layers makes me wonder in the overlapping density presenting not only in real form but mainly in a conceptual form as well.

The hard and corrosive long wait sends Passageirxs to research that I’ve been realizing last 5 years in Refugee camps. I’m just saying that because as people in refugee situation, shadows have no identity, they are drained from its history, culture, financial standing or even political and religious aspects. They are leftovers or maybe just passing memories.

Passageirxs shows among shadows and waters reclusive people ordinary life, realizing daily tasks as if being passengers from their own life. Water element that often is associated as a relaxing situation, presents here a paradox since it can be hostile to life as well.

This artwork crafting made me understand SESC JundiaÍ space architecture, sited between local community, seen on panel’s left side and Botanical Garden on the other. This scenario reflects an important Brazilian reality: A society living between scarce money life and nature’s abundancy.

Refugees of our own lives, we stay closed waiting a more than uncertain future, yet panel images croppings and transparencies allow us to see Botanical Garden’s nature through the artwork and human shadows as life methaphor” says Sonia Guggisberg.

A arte é uma potente forma de expressão entre os seres humanos e o espaço em que habitam, capaz de reinventar-se e multiplicar-se constantemente potencializando sentidos quando associada a propósitos e ações carregadas de significados. Seria impossível não falar de clausura em tempos de Pandemia pois atrás das telas dos computadores em rede, talvez tenhamos nos tornado sombras da vida real, do cotidianos possível em espaços fechados.

Mostrados simultaneamente no Sesc Jundiaí, tanto o enorme painel Passageirxs como a instalação em vídeo RE_educação apresentam uma reflexão sobre o momento em que vivemos de clausura, reclusão e introspecção. A Pandemia enclausurou milhões de pessoas e em silêncio segue seu rumo deixando seus rastros.

Passageirxs_2021

A Instalação, site specifc, Passageirxs apresenta um enorme mosaico de imagens e transforma o espaço do SESC Jundiaí em um grande aquário de sombras.

As imagens foram pensadas a partir das sombras fotografadas atrás das transparências de meus próprios trabalhos. No painel as sombras humanas realizam ações do cotidiano no interior de locais gerando um storyboard sem história, ao fundo, as imagens azuladas remetem ao ambiente aquático que perseguem minha vida e minha carreira desde sempre pois, entre os conceitos de clausura e as travessias marítimas, muitas obras se realizaram.

Comecei a pensar as fachadas de vidro como se fossem filmes decompostos pois gosto de pensar os elementos que compõem os filmes e as camadas de imagens em movimento, as camadas de luz, de transparências e sombras, de movimentos e sobreposições, de cor, de representações e suas metáforas além do som. Pensar em camadas me faz pensar na densidade que a sobreposição apresenta não somente de forma real mas principalmente de forma conceitual.

A longa espera, difícil e corrosiva remete Passageirxs á uma pesquisa que realizei nos últimos de 5 anos em campos de refúgio. Digo isto pois, assim como as pessoas em situação de refúgio, as sombras não tem identidades, estão esvaziadas de sua história, de sua cultura, de sua condição financeira ou mesmo política e religiosa, são o resto ou talvez somente memórias de passagem.

Entre sombras e águas, Passageirxs mostra o cotidiano de pessoas reclusas, realizando tarefas diárias, como se fossem passageiros de suas próprias vidas. A água, que muitas vezes é associada ao local de relaxamento, apresenta um paradoxo uma vez que pode ser hostil á vida também.

A construção da obra me fez entender arquitetura do espaço do SESC Jundiaí, localizado entre a comunidade local que se vê do lado esquerdo do painel e o Jardim Botânico que se vê do outro. Este cenário reflete uma importante realidade brasileira: uma sociedade que vive entre a vida economicamente escassa e a fartura da natureza.
Refugiados de nossas próprias vidas, ficamos todos fechados á espera de um futuro mais que incerto porém os recortes e transparências das imagens no painel permitem ora olhar para a natureza do Jardim Botânico em frente a obra e olharmos as sombras humanas como metáfora de vida.