To the inattentive eye, Sonia Gugggisberg’s new aculpptures could remind one of noothing more than large bags, or indeed anny other such object used for storage or carring objects. The works presented in this exibition, in a departure from her previous sculptures, are not characterized by foldedd cloth. The foldas and the cloth are still there, but inlike her earlier work, are now moulded into individual forms.
In order to visualize these works, they need to be mounted. They are made from one piece of felt with a single strap of rubber passing over, under and around it. The straps and cloth create a form that is unable to sustain itself and need to be held by hooks or propped up against a wall. The sculptures’ autonomy is weakened by the need to subordinate itself. However, despite being so dependent on support for its composition, the work manages to provoke gravity with a singular authority.
In this particular series of work, the usefulness of industrial materials is put in question. Felt, a material used by the artist in other works, is made through the compression of natural wool and hairs. Perhaps because of its use in hats or coverings, it gives us the idea of resistence and protection. In the 60’s and 70’s, the German Joseph Beuys worked with this self same conception of the material.In his work Plight, for example, he used felt tubes to cover a whole room, creating a feeling of protection and insulation.
But in contrast with Beuys, Sonia is looking to the material itself. As it is denser than normal material, felt is easier to mold. The resulting forms, however, cannot maintain the same diameter for their entire length and form rebellious cylinders. Without doubt, they are strong and firm, but at the same time have mallleable, yielding surfaces, felt’s capacity to absorb light makes it impenetrabble, especiallly when industrially dyed black. This opaqueness stoposs the forms giving any illusion of volume due to the lack of shadows.
The rubber has immediate and elastic quality. In these works, it appears at one moment as a think white strap, the next as a continuous fine black line. Its function gives in to purely etehetic and graphic, in other words visual, understanding. Just like the hooks responsible for holding up the work, the rubber seems tp be carrying energy along its tubes lije veins through the human body.
Moving away from materials, another key factor in Sonia’s sculpters is de evidence of gestures. She is so present in fer work tahta we can almost visualizerhe artist’s last adjustment. The fragility of the work is obvious, as, of course, is its delicacy. The pieces appear to have inanimate but dependent lives. They swing between abstract and the figurative, between masculine ande feminine. Like Eva Hesse or Lygia Clarck, Sonia seeks the sensuality of form. The sculptureshave a emotional qality and use the body as a reference.
The monotone structures have a enormous sincerity of form. When the artist moulds the raw felt with the white rubber, a familiarty between thew materials is revealed. The straight tubes made of black felt are filled by a thick white strip, catching our attention and creating a certain mystery. Eventualy, structural autonomous is achievrs by using a generous raw surface that interacts with the long thin black line. Ate the same time as allowing for the creation of manydiffernte forms, certain configurations and shapes are necessarily created because of the limits of the material chosen.
Due to the way they hang, some pieces cry out for us to secure them properly. They look about to movie, as if there latent movement. Movement? But they are static forms propped against the wall. Some are suspended or hung, at rest an showing tranquility. Meanwhile in other works we find an almost military immobility and a precision where the lines collide.
Sonia creates forms blessed with simplicity that is almost disconcerting. They are born of suspencion and mounted from felt, making them safe yet wrapped in mystery. A mystery born of the latent movement present in the stasis of the forms. The power of these works com from the search, for what may cease to exist.
In contemporany art, the meaningof the piece is also the responsibility of the spectator. The works that the artist exhibits are silhouettes of uncertainty and void, various ways in which work’s can present ambiguities. At the same time that we see a fragility in the folds, after all they need to be supported. The sculptures are dense structures constructed with safety , from hardy materials. Thy are full of life and occupy themselves with their own existence rigid system or relationship, but, at the same time , create a harmony between the planned and the haphazard.
Para um olhar distraído, as novas superficies escultóricas de Sonia Guggisberg podem lembrar apenas grandes bolsas. Ou algum outro objeto que tenha como função guardar ou carregar. As obras apresentadas nesta exposição, diferentemente das anteriores, não se caracterizam por dobras feitas em pano que buscavam pela geometria. Continuam dobras e pano, mas agora tateiasm por uma forma particular.
Para visualização das obras, é preciso montá-las. São feitas com uma peça de feltro que é transpassada por uma única tira de borracha. Formam tubos incapazes de se sustentarem sozinhos. Precisam ser presos alças ou amparados pela parede. De alguma maneira, sua autonomia enfraquece frente a esta subordinação. Porém, mesmo dependente tanto de sustentação como de composição, sua obra insiste em provocar a gravidade com uma autoridade singular.
Nessa série particular de formas, a funcionalidade do material industrial é posta em questão. O feltro, já utilizado pela artista em outras obras, é feito pela compressão de lã natural. Talvez pelo seu uso na fabricação de chapéus ou revestimentos, ele nos dá a idéia de resistência e proteção. Nas décadas de 60 e 70, o alemão Joseph Beuys trabalhou com este conceito impregnado ao material. Em sua obra Pllight, por exemplo, os tubos de feltro que forravam toda sala assumiam o sentido de proteção e isolamento.
Ao contrário deste artista, Sonia deseja apenas a materialidade. Por ser mais denso do que os tecidos normais, é possivel moldar mais facilmente o feltro. As formas resultants, porém, são incapazes de manter um diâmetro constante por toda extensão. São cilindros rebeldes. Sem dúvida, devem ser encorpados, mas são superficies com caráter maleável, dóceis. A capacidade de absorção da luz torna o feltro indevassável, principalmente quando tingido industrialmente de preto. Esta opacidade possibilita formas que não apresentam qualquer ilusionismo de volume, por não permitir a existência de sombras.
A borracha que é somada ao feltro tem como qualidade imediata a elasticidade. Nestas obras, ela aparece ora como uma grossa tira branca, ora como uma continua e fina linha preta. E a sua função cede lugar a uma apreensão puramente estética e gráfica, ou seja, visual. Mesmo enquanto alças responsáveis pela sustentação da obra. Parecem encarregadas da circulação de energia entre os tubos como as veias no corpo humano.
Fora os materiais, a evidência do gesto no trabalho de Sonia é outra questão relevante. Ele é tão presente que quase conseguimos visualizar o ultimo ajuste da artista. A fragilidade é patente, como é clara a delicadeza das obras. Parecem vidas inanimadas e dependentes. São formas que oscilam entre a abstração e a figuração, entre o masculine e o feminine. Como Eva Hesse ou Lygia Clark, Sonia procura a sensualidade da forma. Além de uma qualidade emocional, são esculturas que tem o corpo como referência.
As estruturas monocromáticas idealizadas têm uma enorme sinceridade formal. Quando a artista estrutura o feltro cru com a borracha branca, uma cordialidade entre os materiais é revelada. No caso dos tubos estreitos feitos em feltro preto, uma tira grossa e branca os preenche, criando um certo mistério. E por fim, uma autonomia estrutural é alcançada com a generosa superfície crua que interage com a extensa e fina linha preta. Ao mesmo tempo que
Parecem permitir a criação de variadas formas,certos contornos e faturas são impostos pela limitação dos materiais escolhidos.
Devido ao caimento, algumas nos instigam a ampará-las. Parecem prontas para se mexer. Como se existisse um movimento latente. Movimento? Mas são formas estáticas presas á parede. Algumas suspensas ou penduradas. Estão em repouso e demonstram tranquilidade. Em outras, encontramos uma imobilidade quase military e um apuro no tombar das linhas.
Sonia cria formas dotadas de uma simplicidade quase desconcertante. Elas nascem da suspensão e montagem dos feltros. Tornando-os seguros e embalados por mistério. Um mistério proveniente de um movimento latente, que está presente no estático das formas. A força de suas obras vem dessa busca, do que pode existir a mais ou deixar de ser.
Na arte contemporânea, o significado da obra é também responsabilidade do espectador. As peças que a artista apresenta nesta exposição são silhuetas da incerteza de um vazio, diferentes maneiras pelas quais uma obra pode apresentar ambiguidades. Ao mesmo instante que visualizamos uma fragilidade em suas dobras, pois elas necessitam de apoio, os trabalhos apresentados são estruturas densas construídas por um gesto seguro, com materiais vigorosos. São obras vitais que se ocupam com sua própria existência mais do que com a vida em geral. Existem for a de qualquer sistema rígido formal ou de relacionamentos e harmonizam o planejado com o acaso.
Fabiana Werneck. Agosto de 2000.